A ansiedade faz parte da vida psicológica normal se for razoável, compreensível e apropriada à ameaça e é necessária para fazer frente a situações penosas. Distingue-se da ansiedade patológica que é excessiva, desproporcionada, leva a comportamentos aberrantes, e ao empobrecimento espiritual.
A Medicina Funcional Integrativa permite o tratamento médico centrado na pessoa, promovendo o equilíbrio psicológico, com terapia cognitivo-comportamental, aprendizagem de técnicas de relaxamento e gestão das emoções.
Apresenta um modelo de interpretação, estruturado em 3 ciclos, interligados, em que a ingestão de carbohidratos numa fase inicial, para aumentar a serotonina cerebral, num individuo que associa o “sentir-se bem” ao consumo de alimentos doces, perpetua o comportamento ansioso e predispõe a riscos adicionais: Obesidade, Diabetes, Depressão e Cancro.
Ciclo 1 - Carbohidratos
Ameaça > ansiedade > redução dos níveis de serotonina (dependente do triptofano) > impulso para consumir carbohidratos > experiência de bem estar físico, baixando a ansiedade temporariamente (associação-positiva) -> desregulação da serotonina -> aumento da ansiedade > alterações fisiológicas > aumento do impulso de consumir carbohidratos e o ciclo repete-se, mesmo na ausência da ameaça.
O aumento da ingestão de carbohidratos demonstra um esforço do organismo para recuperar o bem-estar original.
O organismo é sensível aos carbohidratos, por causa do aumento rápido da glucose no sangue que induz um confronto entre duas potentes hormonas a Insulina e o Glucagon.
Ciclo 2 - Estimulantes
Menos serotonina > menos melatonina > distúrbio do sono > fadiga.
A falta de sono reparador causa fadiga e cria a necessidade de consumir estimulantes (cafeína) e pode ser interpretada como “sinto-me cansado, preciso de dormir, mas preciso de mais energia, por isso preciso de comer”.
A fadiga é o primeiro sinal da influência da ansiedade na supressão do sistema imunitário.
O distúrbio do sono está relacionado com perturbação da fase NREM que tem função restauradora cerebral e do sistema imunitário. O cortisol aumenta durante a noite, eleva os níveis de glucose no sangue, que, se for persistente, é tóxica para o cérebro, entrando em acção, a insulina.
Obesidade - Diabetes - Depressão - Cancro
Ciclo 3 – Insulina - cortisol
A elevação crónica de insulina diminui a função do glucagon.
Glucagon protege o cérebro de níveis baixos de glucose (hipoglicemia), assegura níveis de glucose durante os intervalos de refeições longos e nos períodos nocturnos. Induz sentimentos de relaxamento, baixa a pressão arterial e dá paz de espírito.
Insulina cronicamente elevada diminui rapidamente os níveis de glucose, o indivíduo stressado experimenta fadiga, irritabilidade, tonturas e suores. Como resposta ao sinal de emergência por baixa da glucose, há um aumento de adrenalina e cortisol. A adrenalina está programada para aumentar a glucose, aumenta a frequência cardíaca e activa o sistema imunitário. Se o stress continuar, o cortisol pode suprimir a função do sistema imunitário (linfocitos T, IL-2 e interferon) e condiciona algumas doenças crónicas. Pode interferir com estruturas cerebrais (o hipotalamo está intimamente relacionado com as emoções)
TSPT é um problema de ansiedade que se desenvolve em algumas pessoas após a ocorrência de eventos extremamente traumáticos, tais como combates, crimes, acidentes ou desastres naturais.
Pessoas com TSPT podem reviver o evento através de memórias intrusivas, flashbacks e pesadelos; evitando qualquer coisa que os lembre do trauma; e ter sentimentos de ansiedade que não tinham antes, que são tão intensos que interrompem as suas vidas.
O que é?
Na perturbação obsessivo-compulsiva, ou POC, a pessoa é incomodada por pensamentos intrusivos e perturbadores (obsessões) e sente uma necessidade imperiosa de executar comportamentos repetitivos (compulsões).
Os neurocientistas julgam que as vias cerebrais envolvidas no raciocínio, no planeamento e nos movimentos corporais estão alteradas na perturbação obsessivo-compulsiva. As influências ambientais, tais como os relacionamentos familiares ou os eventos causadores de stress, podem desencadear ou agravar os sintomas desta doença.
Estima-se que a perturbação obsessivo-compulsiva afecte ao longo da vida 2 a 3% das pessoas da Europa e dos Estados Unidos da América. Cerca de dois terços das pessoas com perturbação obsessivo-compulsiva têm os primeiros sintomas antes dos 25 anos de idade. Apenas 15% desenvolvem os primeiros sintomas depois dos 35 anos. Existe uma evidência forte de que a doença tem uma base genética (hereditária) uma vez que cerca de 35% das pessoas com POC têm um familiar próximo que sofre do mesmo problema. Embora 50 a 70% dos doentes desenvolvam esta perturbação pela primeira vez depois de um evento da vida causador de stress ? tal como uma gravidez, a perda do emprego ou a morte de um familiar ? os especialistas ainda não compreendem exactamente de que forma o stress desencadeia os sintomas desta doença.
Por vezes, as pessoas com uma perturbação obsessivo-compulsiva controlam as suas obsessões sem darem nenhum sinal externo de que estão em sofrimento. No entanto, de um modo geral, tentam aliviar as obsessões realizando um tipo de compulsão: um ritual repetido que visa acalmar os seus receios. Por exemplo, uma mulher que tem a obsessão de que as mãos estão sujas pode desenvolver a compulsão de as lavar 50 vezes por dia. Um homem que receia que a porta de casa esteja destrancada pode sentir-se compelido a verificar a fechadura 10 a 20 vezes em cada noite.
Os dois sintomas que definem a perturbação obsessivo-compulsiva são os pensamentos obsessivos e os rituais compulsivos.
As obsessões são pensamentos persistentes, repetidos, causadores de ansiedade ou perturbadores que se intrometem na consciência da pessoa. As obsessões variam e podem estar relacionadas com qualquer tipo de receio. Estas são algumas das obsessões mais comuns:
Medo da contaminação – uma preocupação constante relativamente à possibilidade de ter as mãos ou o vestuário sujo ou sobre a possibilidade de ser contaminado ou de transmitir germes.
Medos relacionados com acidentes ou actos de violência – medo de se tornar vítima de violência (uma porta destrancada que permite a entrada de um intruso) ou de sofrer uma lesão corporal acidental (um forno que não foi desligado ou um cigarro que não foi bem apagado).
Medo de cometer um acto de violência ou ter uma conduta sexual inadequada – receio de perder o controlo e de infligir lesões a outras pessoas ou de praticar um acto sexual perigoso ou embaraçoso, por exemplo, uma mãe extremosa preocupada com a possibilidade de sufocar o seu bebé ou um homem de negócios respeitável com receio de despir a roupa numa reunião.
Medos que se centram na desordem ou na assimetria – uma necessidade irresistível de manter a ordem e ansiedade sobre o mais pequeno detalhe que esteja fora do lugar. Alguns exemplos incluem considerar que as meias não estão “adequadamente” alinhadas numa gaveta ou que os alimentos estão “incorrectamente” dispostos na travessa.
Frequentemente, um adulto com uma perturbação obsessivo-compulsiva irá reconhecer que os pensamentos obsessivos não são realistas e irá procurar ignorá-los ou suprimi-los. Mas, por vezes, irá obter um alívio temporário através da realização de um ritual compulsivo.
Os rituais compulsivos são comportamentos persistentes, excessivos e repetitivos. O objectivo do ritual consiste em reduzir a ansiedade causada pelos pensamentos obsessivos. Alguns exemplos incluem:
Lavar-se ou tomar banho repetidamente
Recusa em apertar a mão a outras pessoas ou em tocar em puxadores das portas
Verificar repetidamente fechaduras ou fornos
Contar compulsivamente objectos
Organização excessiva do trabalho ou dos objectos no domicílio
Ingerir os alimentos por uma ordem específica
Repetição de palavras específicas ou de orações.
Qualquer pessoa pode sentir-se compelida a voltar a verificar uma porta trancada ou a lavar as mãos para se assegurar de que estão limpas. Por si só, estes comportamentos não significam que uma pessoa sofra de POC.
Na perturbação obsessivo-compulsiva, as obsessões e as compulsões são excessivas e perturbadoras, podendo consumir uma quantidade de tempo que pode atingir várias horas por dia, e podem interferir com os relacionamentos pessoais, bem como com o desempenho profissional e académico. Algumas compulsões podem ainda causar lesões físicas. Por exemplo, a lavagem compulsiva das mãos pode causar mãos gretadas e dermatite, enquanto a lavagem excessiva dos dentes pode levar à lesão e sangramento das gengivas.
É uma sensação ancestral intimamente ligada à sobrevivência da espécie. Na antiguidade o medo alertava os primatas para a eminência do ataque de um predador, ou para algo que colocasse as suas vidas em risco. Esta sensação ancestral e instrumento precioso, perdura até hoje, e ainda bem que assim acontece!... o que seria de nós se não tivéssemos medo ao atravessar uma estrada ?!
Medo, representa portanto, uma sensação ancestral inerente à sobrevivência da espécie humana. É perfeitamente natural termos medo em determinadas situações, o contrário é que seria deveras preocupante. Contudo, com o desenvolvimento civilizacional, outro termo rebuscado entrou no nosso léxico, refiro-me às fobias. As fobias não passam de medos exagerados e irracionais que acabam por interferir negativamente na vida de muitas pessoas, limitando-as e causando-lhes sofrimento desnecessário. As fobias podem ser específicas(como a fobia social), ou múltiplas(fobia a repteis; fobia a espaços confinados, entre outras). Estas fobias podem desenvolver-se de diversas formas e multiplicarem-se ao ritmo de uma praga, quero com isto dizer que tendem a generalizar-se rapidamente. Se eu desenvolvo uma fobia a espaços confinados(ex:elevadores), rapidamente generalizo a fobia a estímulos semelhantes, apartamentos, escritórios, automóveis...Portanto, no caso das fobias urge agir, e inevitavelmente expor-se o quanto antes ao estímulo fóbico. Na prática isto quer dizer que se tenho medo de répteis, terei de me expor aos mesmos até que a resposta de ansiedade inerente a esta fobia desça para níveis considerados aceitáveis. A ansiedade que acompanha as fobias tem de atingir um pico(extremamente doloroso para um doente fóbico), e a pessoa tem de aguentar-se nesse pico, até a ansiedade voltar ao normal, o que acontecerá inevitavelmente se a pessoa assim o fizer. Isto acontece porque temos um organismo que se auto-regula, e que após um pico de ansiedade reage prontamente para restabelecer o equilíbrio orgânico. É claro, isto é muito mais fácil de dizer do que fazer, muitas pessoas deixam as fobias generalizarem-se porque não as confrontam, utilizam estratégias inadequadas(ex: o uso de ansiolíticos; que não vão permitir que a ansiedade atinja o pico que referi previamente e vão portanto impedir a resolução do problema, embora causem um alívio efémero da sintomatologia).
Tal como o próprio nome as indica, as fobias específicas surgem nas pessoas geralmente, como um medo irracional de um objecto ou situação específica. A incapacidade causada a uma pessoa com este tipo de fobia pode ser severa no caso de o objecto ou situação temida for comum ou normal. A fobia específica mais habitual na população geral é o medo de animais – em particular cães, cobras, insectos e ratos. Pode-se ainda acrescentar o medo de estar em espaços fechados (claustrofobia) e o medo das alturas (acrofobia). A maioria das fobias simples desenvolve-se na infância e eventualmente desaparecem. As que persistem até à idade adulta raramente desaparecem sem a ajuda de tratamento.
Os sintomas mais comuns de ansiedade incluem:
Aumento de alergias
Aumento em número, sensibilidade, reacção. Poderá notar que as suas alergias pioraram, que é alérgico a mais substâncias, que as reacções alérgicas são mais frequentes, ou que demoram mais a passar.
Dores de costas, rigidez, inflamações, espasmos, imobilidade
Dores de costas, rigidez, tensão, pressão, inflamações, espasmos, imobilidade nos músculos das costas. Um ou mais músculos podem ser afectados. Este sintoma pode durar pouco tempo ou durar indefinidamente. Estes sintomas são comuns aos sintomas de stress.
Palidez, falta de cor, enrubescimento
Poderá parecer doente ou ter a cara, pescoço e braços avermelhados, sentir calor e tremores.
Tremores
Poderá sentir tremores, tonturas, arrepios. Este sintoma pode afectar todo o corpo ou só uma parte do corpo e acontecer apenas uma vez, ou repetidamente.
Mudança de temperatura de corpo – Descida ou subida abrupta
A sua temperatura corporal poderá variar abaixo ou acima dos normais 37.
Sensação de ardor
Poderá ter uma sensação de ardor como se tivesse uma queimadura solar. Esta sensação pode permanecer numa área do corpo, ou no corpo todo. Pode ser intermitente ou persistente. Esta sensação é normalmente provocada por situações de grande stress ou pensamentos aterrorizantes.
Dores no peito
Dor, pressão, pontadas, dormência. Estes sintomas podem localizar-se num determinado local ou espalhar-se por todo o peito. Podem ser esporádicos ou persistentes e são usualmente confundidos com sinais de ataque de coração.
Fadiga crónica
Poderá sentir-se extremamente exausto, sem energia. Poderá sentir-se cansado durante muito tempo ou após pequenas tarefas que habitualmente não o cansariam. Sente que poderia dormir o dia inteiro e mesmo assim acordar cansado.
Necessidade de açúcar, doces, ou chocolate
Sente uma grande necessidade de consumir açúcar, doces ou chocolate, persistentemente.
Dificuldade em falar e andar
Poderá experimentar dificuldade em andar, em falar, pronunciar palavras, sílabas, ou vogais, em mexer a boca, lábios ou língua. Em algumas pessoas estes sintomas são esporádicos, noutras pessoas são persistentes.
Excesso de energia
Poderá sentir-se demasiado enérgico, como se tivesse que correr ou fazer qualquer coisa para gastar a sua energia. Por vezes poderá não conseguir dormir, pois a sua cabeça parece estar a mil quilómetros à hora. Quantas mais tarefas e interesses tiver, mais quererá ter.
Sensação de que está a cair
Poderá experimentar breves episódios em que parecerá que está a cair, mesmo estando em chão firme. A sensação é quase como se estivesse prestes a desmaiar.
Frio
Poderá sentir-se usualmente frio, sem conseguir aquecer, faça o que fizer. Esta sensação poderá ir e vir, ou ser acompanhada de episódios de constipação.
Palpitações
Poderá sentir que o seu coração está acelerado ou demasiado lento, provocando dores no peito e tosse. Este sintoma poderá ser acompanhado de falta de ar.
Contracção muscular
Um certo músculo, ou conjunto de músculos, poderá contrair-se involuntariamente.
Dormência e formigueiro, perda de sensibilidade
Poderá sentir uma parte do seu corpo dormente, insensível ao toque, como se estivesse congelada ou anestesiada. Isto pode acontecer em todo o corpo, mas as partes afectadas mais comuns são as mãos, os pés, os braços e as pernas. A dormência pode ser provocada por inúmeros factores, como permanecer muito tempo numa determinada posição, magoar ou pressionar um nervo, pressionar os nervos cervicais, falta de sangue numa área, stress, ansiedade, pânico, medo. Uma vez que existem várias condições médicas que podem provocar dormência, será aconselhável consultar um profissional da saúde.
Tensão e Dores Musculares Persistentes
Poderá sentir que os seus músculos estão sempre contraídos e doridos. • Fortes dores de cabeça Poderá sentir dores na cabeça, nuca e pescoço. Poderá sentir apenas pressão ou até mesmo dor.
Necessidade frequente de urinar
Poderá sentir uma necessidade frequente e persistente de urinar, mesmo que tenha acabado de o fazer.
Dificuldade em respirar
Poderá sentir que a sua respiração é forçada e dolorosa. Aperceber-se à da sua forma de respirar e isto fará com que tenha dificuldade em o fazer.
Tonturas
Poderá sentir súbitas tonturas, acompanhadas da sensação de que ira desmaiar.
Redução da capacidade auditiva
Este sintoma pode assumir várias formas e varia de pessoa para pessoa. Pode traduzir-se em perda de audição, dificuldade em ouvir certos sons ou frequências, grande pressão nos ouvidos, assobio persistente no ouvido. Este sintoma pode afectar apenas um ouvido ou os dois.
Despersonalização
Poderá sentir-se surreal, resultante de um sonho, absorto da realidade. Poderá sentir que não faz parte do mundo, apenas o observa, e poderá questionar a sua sanidade mental.
Pensamentos, melodias, conceitos persistentes
Poderá sentir que determinados pensamentos, melodias e/ou conceitos não lhe saem da cabeça. Não importa o que faz, não consegue deixar de pensar neles.
Vazio emocional
Poderá sentir que não tem emoções, sejam positivas ou negativas. Racionalmente, sabe que se deveria preocupar, mas emocionalmente não sente nada.
Sabores e cheiros anormais
Poderá sentir, esporádica ou persistentemente, cheiros e sabores que não estão relacionados com o ambiente em que está ou com algo que ingeriu. Não têm explicação racional.
Engasgue
Poderá sentir frequentemente que têm algo preso na garganta, que está a engasgar e que não consegue engolir.
Falta de apetite ou de paladar
Poderá sentir falta de apetite, ou que a comida não tem sabor.
Náuseas
É frequente a sensação de dores de estômago, acompanhadas de vontade de vomitar. Existem vários factores que podem causar náuseas, como dor intensa, gravidez, exposição a tóxicos, intoxicação alimentar, traumatismo craniano, apendicite, etc. Como tal, deverá consultar um médico para se certificar se é causada por ansiedade e pânico ou por outra condição médica.
Ilusões ópticas
Poderá experimentar ilusões de óptica, movimentos ou estrelas ao canto do olho que não existem.
Medos
Medo de morrer
Sente que a sua doença está em fase terminal e que ninguém se apercebe. Acredita que as dores que sente no peito são sinais de ataques cardíacos ou que as dores de cabeça são sinal de um tumor ou aneurisma. Sente um intenso medo de morrer, pensa na morte mais do que é normal.
Medo de perder o controlo
Numa multidão ou num grupo, sente que irá fazer algo embaraçante como desmaiar, vomitar, engasgar-se, gaguejar, etc. sente não conseguir controlar o seu corpo ou aquilo que diz. Apesar de realmente não perder o controlo, o seu medo persiste e leva a ataques de pânico.
Medo de um perigo iminente
Sente que algo extremamente mau irá acontecer, mas não está certo do que se trata. Poderá também pensar que o seu mundo irá acabar. Este medo do «e se» pode ser intermitente ou frequente.
Medo de ficar louco
De repente, assalta-o um enorme medo de perder a sanidade. Poderá acreditar que não se consegue lembrar de coisas tão facilmente como antes. Por vezes, isto é acompanhado de um intenso medo de ter um esgotamento nervoso. Também poderá ter períodos de pensamentos «malucos» que o assustam, pensamentos estes que são incontroláveis e intermitentes.
Quais as causas ?
Existe uma série de fatores envolvidos, entre os quais genéticos (antecedentes familiares são um dos fatores de risco) e neurológicos, nomeadamente níveis anormais de certos neurotransmissores. Apesar desta perturbação começar na infância ou no início da adolescência, muitas vezes um fator stressante importante (divórcio, morte, desemprego, doenças crónicas, entre outros) pode exacerbar os sintomas piorando também ao longo do curso da doença nos períodos de maior tensão. O uso ou cessação de substâncias como álcool ou nicotina podem agravar a situação.
Ansiedade generalizada, quais os sintomas ?
A preocupação é o principal componente cognitivo desta perturbação. A preocupação em si não é patológica mas a preocupação patológica é disfuncional, excessiva e/ou irrealista sentida como incontrolável, levando frequentemente ao condicionamento da vida diária e a uma diminuição da qualidade de vida. Associado a isto surgem sensações somáticas desagradáveis, sendo a mais comum a tensão muscular mas também inquietação, tensão interior, fadiga, dificuldade de concentração e alterações do sono.
Provocam um medo quase incontrolável e chegam mesmo a confundir-se com um enfarte.Mais de um terço dos adultos manifesta sinais de ataques de pânico todos os anos. As mulheres são entre duas a três vezes mais propensas a este distúrbio.
Os ataques de pânico são desencadeados por um medo intenso, inesperado e sem razão aparente, que cria um estado de ansiedade extremo, acompanhado por sintomas físicos, semelhantes aos de um enfarte, que leva o doente a pensar que vai morrer.
Trata-se de um transtorno psicológico que se manifesta em episódios bruscos e inesperados, de medo intenso de perder o controlo, de que algo horrível vá acontecer e até de morrer. Estes ataques costumam demorar entre 10 a 30 minutos e são acompanhados de sintomas físicos que podem confundir-se com os do enfarte.
Causas
Costuma estar associado a situações vitais muito stressantes ou críticas e com a interpretação que a pessoa faz dessas circunstâncias difíceis.
Sintomas
Dificuldade em respirar, dores no peito, palpitações, suores, tremores, enjoos, formigueiro, náuseas, e mal-estar abdominal são os sintomas mais comuns. Muitos doentes isolam-se e deixam de fazer a sua vida normal com receio de um novo ataque de pânico.
Tratamento
Normalmente, combina-se a psicoterapia com técnicas de relaxamento e de respiração. A primeira tem como objectivo conhecer e compreender os conflitos psicológicos subjacentes aos ataques de pânico.
Mais pequeno é o mundo das pessoas que sofrem de agorafobia, um medo irracional de estar em lugares públicos. Só a ideia é suficiente para gerar um ataque de pânico.
Transportes públicos, eventos culturais ou desportivos, centros comerciais e aeroportos, até elevadores - estes são lugares que quem sofre de agorafobia evita a todo o custo.
E quanto maior a concentração de pessoas pior. A simples possibilidade de ter de enfrentar uma multidão é suficiente para desencadear um ataque de pânico e é esse receio, de não se conseguir defender ou sair desse lugar, que faz os agorafóbicos fugir destes espaços públicos. São muitos os medos (e as inseguranças) que assaltam estas pessoas: o medo de estar sozinho mas também de estar em lugares cheios, o medo de perder o controlo em espaços públicos e de estar em lugares de onde possa ser difícil sair, tais como um elevador ou um comboio.
São medos que alimentam uma incapacidade para sair de casa por longos períodos, bem como uma extrema dependência de terceiros. A estes sintomas juntam-se uma sensação de impotência e de que o próprio corpo não é real. Somam-se ainda manifestações semelhantes às de um ataque de pânico, nomeadamente dificuldade em respirar, tonturas, transpiração excessiva, ritmo cardíaco acelerado, náuseas, perturbações digestivas, dores no peito, dificuldade em engolir e rubor. E uma sensação de perda de controlo.
Aliás, as duas condições parecem estar intimamente ligadas, com a agorafobia a ser considerada uma complicação da desordem de pânico, um tipo de ansiedade caracterizada por episódios frequentes de um medo intenso que, sem razões aparentes, desencadeia uma cadeia de reacções físicas.
Um ataque de pânico pode ser muito assustador, levando a pessoa a pensar que está a ter um ataque cardíaco ou mesmo a morrer.
E a agorafobia pode acontecer quando se associa o pânico com as situações em que os ataques ocorreram - se tiveram como palco espaços públicos a pessoa tende a evitar esses espaços como forma de prevenir futuros ataques. Este é um receio que, no extremo, pode impedir a pessoa de sair de casa, o único lugar em que se sente em segurança. Nalguns casos, a pessoa pode conseguir enfrentar o receio e tolerar as situações que o desencadeiam desde que esteja acompanhada por alguém em que confia.
É geralmente no final da adolescência e no início da idade adulta que a agorafobia se manifesta pela primeira vez, mas crianças e adultos mais velhos também podem desenvolver este tipo de medo. Além da idade, o género também é um factor de risco, já que este problema é mais comum nas mulheres do que nos homens.