A bulimia corresponde a um ciclo em que primeiro nos sentimos compelidos a comer muita comida e, depois, nos tentamos livrar dos efeitos de termos comido
muito.
Quando temos bulimia podemos comer compulsivamente (ou seja, grandes quantidades de uma só vez), passar fome depois de comer, vomitar o que comemos ou
usar laxantes, pensar constantemente em comida, comer às escondidas ou pensarmos que temos peso a mais.
Como o peso não se altera muito e as pessoas com bulimia tentam esconder os seus comportamentos, este problema não é muito visível ou
fácil de identificar. Contudo, os seus efeitos na saúde física e psicológica são graves.
Existem tratamentos eficazes para as perturbações alimentares, que nos permitem levar uma vida normal e saudável
A Anorexia Nervosa é caracterizada pela recusa em manter a massa corporal normal ou acima do mínimo normal de massa corporal para a idade e
estatura, um medo intenso de ganhar massa corporal ou tornar-se obeso, um distúrbio na maneira em que visualiza a massa corporal ou tamanho corporal,
excessiva influencia na auto - avaliação da massa corporal ou recusa da gravidade da baixa massa corporal actual e amenorreia em mulheres
pós-menarca.
Fobia Social: mais do que timidez
A fobia social é muito mais do que timidez: envolve uma ansiedade tal nos contactos sociais que pode levar ao suicídio. A boa notícia é
que o tratamento permite restaurar a confiança e, com ela, a qualidade de vida.
Quem nunca se sentiu nervoso e ansioso em determinadas situações? Num primeiro encontro, numa entrevista de emprego, na apresentação
pública de um trabalho? Provavelmente, já todos sentimos aquela sensação estranha no estômago que nos faz recear o fracasso.
Mas há pessoas para quem qualquer uma destas situações sociais é causa de extrema ansiedade, deixando-as mergulhadas num receio
inexplicável e levando-as a fugir, às vezes literalmente, do contacto com outros. São pessoas para quem o simples uso de um telefone ou de
uma casa de banho pública, uma simples ida ao restaurante ou a uma loja se revelam experiências difíceis. Iniciar uma conversa com
alguém, permanecer num espaço com desconhecidos, entrar numa sala quando todos já estão sentados são igualmente momentos
dolorosos, a evitar a todo o custo.
Estas pessoas sofrem de um medo irracional de actividades ou situações que envolvam a interacção social - sofrem de desordem de
ansiedade social ou fobia social, caracterizada por múltiplos e complexos sintomas. A nível físico, a ansiedade é denunciada por rubor,
suores, tremores, náuseas, tensão muscular, dificuldade em falar, mãos húmidas e frias, palpitações, perturbações
do estômago e dificuldade em fazer contacto visual.
Já no domínio dos sintomas emocionais e comportamentais evidencia-se um medo intenso de estar em situações com pessoas desconhecidas, o
receio de ser julgado pelos outros, de ser humilhado ou embaraçado, mas também o receio de que os outros percebam a ansiedade.
Associadas a estes sintomas andam geralmente características individuais como uma elevada sensibilidade à crítica, um défice de
competências sociais, dificuldade em ser assertivo e uma baixa auto-estima.
Esta ansiedade levada ao limite é verdadeiramente perturbadora da qualidade de vida, dificultando actividades do quotidiano como ir para a escola ou
para o emprego. Mas também frequentar um restaurante ou ir a uma festa. A pessoa fica tão preocupada com a possibilidade de a fobia se manifestar
que foge de todas as situações que a possam desencadear. Mas o pior é que esta preocupação é quanto baste para que os
sintomas se declarem e se agravem. É um ciclo vicioso
Todos temos diferentes hábitos alimentares e é normal que a forma como comemos seja afectada quando nos sentimos sob pressão, em sofrimento
ou em stresse. Podemos desejar um alimento em particular (como o chocolate), perder o apetite, comermos mais ou nem sermos capazes de comer. Quando essas
situações difíceis passam, voltamos a comer normalmente.
No entanto, se durante um período de tempo mais longo comemos muito pouco ou em demasia, podemos desenvolver uma perturbação alimentar. A
comida pode tornar-se cada vez mais importante na nossa vida e, nalguns casos, torna-se a coisa mais importante e à volta da qual a nossa vida gira.
Podemos negar comida a nós próprios mesmo quando temos fome, ou comer constantemente ou comer compulsivamente. Podemos pensar constantemente em
comida ou no nosso peso.
Desta forma, a alimentação pode afectar negativamente a nossa vida. Mas não se trata apenas de “comida” e “comer”.
As perturbações alimentares também dizem respeito a problemas complexos e a sentimentos dolorosos – difíceis de expressar,
confrontar e resolver. Às vezes, focando-nos na comida estamos a desviar a (nossa) atenção de outros problemas.
Existem várias perturbações alimentares, como a anorexia, a bulimia ou as compulsões alimentares. Todas elas implicam uma
preocupação exagerada com a alimentação, o exercício físico, o peso ou a forma do corpo.
Podemos estar a comer compulsivamente quando utilizamos a comida em situações em que nos sentimos “em baixo” e precisamos de apoio
emocional, quando nos sentimos infelizes e comemos como forma de conforto. Podemos passar o dia a comer sem conseguirmos parar ou dar por nós a comer
uma quantidade exagerada de doces enquanto vemos televisão. Como consequência, é provável que tenhamos peso a mais e que possamos
desenvolver problemas de saúde física por causa disso.
Ter um problema com a comida não é raro nem deve ser motivo de vergonha. Qualquer pessoa, de qualquer género ou idade pode ter uma
perturbação alimentar. É muito difícil resolver esses problemas sozinho/a e receber ajuda o mais cedo possível é muito
importante.